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Alzheimer: Exercício Físico Resistido como Estratégia de Cuidado


 

O Alzheimer é uma doença neurológica debilitante que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. É caracterizada pela deterioração gradual das funções cognitivas e da memória, gerando um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares. Enfrentar o desafio do Alzheimer requer abordagens multifacetadas, e pesquisas recentes têm destacado o papel positivo do exercício físico resistido como uma estratégia promissora no cuidado e na prevenção dessa condição.

O Alzheimer e a Necessidade de Novas Abordagens

O Alzheimer é uma doença complexa e ainda sem cura. Embora tenhamos avançado na compreensão dos fatores de risco e nos tratamentos sintomáticos, a busca por estratégias mais eficazes de cuidado e prevenção continua. A natureza progressiva da doença torna cada vez mais crucial a necessidade de explorar novas abordagens que possam contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e retardar a evolução dos sintomas.

Exercício Físico Resistido: Além do Fortalecimento Muscular

O exercício físico resistido, também conhecido como treinamento de força, tem sido frequentemente associado ao desenvolvimento de força muscular e melhoria do condicionamento físico. No entanto, estudos recentes têm mostrado que seus benefícios vão além da esfera física. A prática regular de exercício resistido tem sido apontada como uma possível ferramenta para a proteção da saúde cerebral.

O Impacto do Exercício Resistido no Cérebro

Pesquisas têm revelado que o exercício físico resistido pode induzir respostas benéficas no cérebro. Durante a atividade física, ocorre a liberação de substâncias químicas, como fatores neurotróficos, que promovem o crescimento e a sobrevivência de neurônios. Além disso, o exercício também está associado à melhoria da circulação sanguínea no cérebro, fornecendo oxigênio e nutrientes essenciais para a função cerebral adequada.



Alzheimer e a Neuroplasticidade

Um dos principais aspectos a serem abordados no cuidado do Alzheimer é a preservação da neuroplasticidade cerebral. A capacidade do cérebro de reorganizar suas conexões neurais é essencial para a aprendizagem e a memória. O exercício físico resistido tem sido associado ao aumento da neuroplasticidade, o que pode ser benéfico para compensar os efeitos da doença e preservar a cognição.

Incentivando o Exercício Físico Resistido no Cuidado do Alzheimer

Embora o exercício físico resistido possa ser promissor como estratégia complementar para o cuidado do Alzheimer, é importante destacar que ele não substitui os tratamentos médicos convencionais. Contudo, pode ser uma abordagem útil para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e auxiliar no controle dos sintomas.

  1. Consulte um médico ou profissional de saúde antes de iniciar qualquer programa de exercícios, especialmente se o paciente já estiver em um estágio avançado da doença.
  2. Personalize o programa de exercícios para atender às necessidades e capacidades individuais do paciente.
  3. Realize o exercício físico resistido de forma progressiva e segura, evitando esforços excessivos.
  4. Combine o treinamento de força com outras atividades físicas e estimulantes cognitivos, como jogos de quebra-cabeça ou exercícios de memória.

Conclusão

O Alzheimer representa um desafio significativo para a saúde pública, e encontrar estratégias eficazes de cuidado e prevenção é fundamental. O exercício físico resistido emerge como uma abordagem promissora no cuidado do Alzheimer, com o potencial de preservar a saúde cerebral e a qualidade de vida dos pacientes. Ao explorarmos novas possibilidades, abrimos caminho para uma jornada mais esperançosa na luta contra essa doença devastadora.

Referências:
https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fnins.2023.1132825/full


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