O cuidador de idoso é um facilitador das atividades diárias da pessoa idosa com limitações que impossibilitem a execução de suas funções. Ele tem como princípio garantir o bem-estar do paciente e ajudar em diversas tarefas, como higienização, alimentação e locomoção, dentre outras.

Cuidar de uma pessoa e ser responsável por diversas áreas da vida dela não é uma tarefa fácil, ainda mais quando a pessoa cuidada não tem mais autonomia para decidir sobre si mesma.

O cuidador da pessoa com Alzheimer

A demência por Alzheimer é uma doença neurodegenerativa que apresenta piora com o passar do tempo. Por isso, cuidar de pessoas nessa situação é uma tarefa desafiadora. Quanto mais avançada, maior o impacto à saúde física e mental do paciente.

Por isso, o ideal é que o paciente tenha um cuidador profissional, de modo a dividir a carga com a família, que está passando por este momento difícil. Esse profissional também deve estar preparado para entender as fases da doença e garantir que o paciente esteja bem amparado.

O cuidador da pessoa com demência por Alzheimer deve acompanhar o paciente em todas as atividades diárias e observar as alterações de comportamento nas funções físicas e cognitivas.

O cuidador na pandemia

O isolamento social relacionado à pandemia por coronavírus afetou a população mundial. A abrupta mudança no dia a dia também interferiu na rotina do cuidador profissional, que tem sua carga mental aumentada, já que precisa redobrar os cuidados com o paciente.

Estudos mostram que pessoas com doenças neurodegenerativas têm maior risco de morte por COVID-19. O motivo ainda não está claro, mas pesquisadores sugerem que as condições inflamatórias crônicas e respostas imunológicas deficitárias podem aumentar a vulnerabilidade e reduzir a capacidade de resposta à infecção.

A responsabilidade do cuidador da pessoa com Alzheimer é gradualmente aumentada com o passar do tempo por conta da evolução da doença. Logo, o cenário atual intensifica essa responsabilidade. Por isso, o ideal é dividir essa carga.

Muitos cuidadores podem apresentar problemas de saúde como insônia e ansiedade, mas esses não são os únicos pontos que precisam de atenção. Veja alguns indícios de sobrecarga:

• Exaustão
• Irritação frequente
• Dores no corpo
• Negligenciar a própria saúde
• Falta de concentração
• Imunidade baixa
• Enxaqueca
• Gastrite

O diagnóstico muitas vezes é realizado pelo médico geriatra do paciente, que irá notar que o cuidador também precisa de cuidados com a saúde.

Como diminuir a sobrecarga

Dedicar sua vida a cuidar de outras pessoas pode ser muito satisfatório, mas também pode gerar sobrecarga. Com isso, é importante ter alternativas para lidar com a saúde daqueles que passam a sua vida cuidando dos outros.

Veja como ajudar o cuidador:

1. Compreender quais são as atividades que o cuidador está com dificuldade de executar

Se a pessoa que cuida do paciente for um profissional, é importante saber quais as tarefas que ele já não consegue fazer com precisão para dividir essa carga ou contratar outro profissional.

Se o paciente for cuidado por uma pessoa da família, quando houver sobrecarga, o ideal é procurar a ajuda de um profissional e, assim, como mencionado acima, dividir as funções.

2. Criar momentos compartilhados

O cuidador tem uma rotina bem definida com o paciente e, muitas vezes, acaba não interagindo com outras pessoas. Por isso, ao ser observado algum tipo de sobrecarga, é importante criar momentos de interação com outras pessoas que residam na mesma casa ou até com outros idosos.

Lembrando que essa interação não deve ser feita apenas no momento de sobrecarga. É importante que o cuidador e o idoso tenham outras companhias.

3. Grupo de apoio

Um olhar atento e compartilhado pode ser importante neste momento. Existem grupos de cuidadores que trocam experiências e podem amenizar a carga mental do profissional.

Cuide de quem cuida!

Fonte: http://www.sbggrj.org.br/